terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crônica - Cinema Vivo

Caminhava eu na tranquilidade e no silêncio de um parque aqui na cidade vizinha, sentindo os raios do sol aquecendo minha pele e iluminando o céu azul.

É interessante ver como temos a capacidade de nos despreender dos problemas apenas vivendo momentos simples os quais nem sempre temos o costume de planejar.

Tal silêncio foi a inspiração que me fez sentar em um dos assentos do parque e observar a movimentação de pessoas que ali passavam.

Ali era o palco por onde passavam diversos personagens, crianças risonhas, Cães acompanhados de seus donos, jovens que ali criaram um ponto de encontro, enfim, me sentia estar num filme de terceira dimensão só que os personagens ali me faziam sentir parte da história.

Os avós que levam os netos ao parque e orgulhosos vêem as crianças brincando, aos casais apaixonados que aspiravam o ar da natureza enquanto trocavam elogios e o silêncio que era substituído pelo canto de aves que pousavam na vegetação local.

Um som me chamou atenção, era um agradável batuque, seguido de uma melodia alegre, não era o que costumava ouvir, mas seja lá o motivo do batuque ele me chamou atenção. Era o momento em que a hipnose musical atrai meu corpo para o local de onde a música saia.

Ao me aproximar ouvia além da música, palmas que acompanhavam o ritmo que se espalhava por todo ambiente, o que me deixava mais curiosa.

Um conjunto de muitas coisas que me deixava curioso, começando por um som de um batuque diferente, uma música ou sei lá o que, junto com a música uma voz cantando e várias pessoas em coro repetindo o refrão da música. Chegando mais perto encontrei uma roda cheia de pessoas, algumas observando, outras estavam mais ao centro participando, e na conversa das pessoas ouvia dizer que aquilo era um jogo muito bonito.

Realmente tive que concordar, em meio a tantas pessoas, rostos felizes jogando ou dançando, são as formas a que se referem quando falam dessa arte, a Capoeira.

A arte contagiante desse ritmo, dessa dança, dessa reunião, não foi capaz de atrair somente a mim, mas a todos que ali estavam, algo que vinha de dentro do coração de todos aqueles que ali se divertiam, sejam com as impressionantes piruetas, contorsões e agilidade, seja pela música ou até mesmo pelos sorrisos das pessoas.

Este foi um belo dia, um dia especial, quando não precisei olhar no horizonte, mas apenas abrir meus ouvidos e meu coração para ver o que existia lá.

Existia amor, alegria e união, o que nos faz sentir especial e como disse um personagem dessa cena que num importante papel teve a grande chance de contar tudo isso.

Leonardo Caneca

Um comentário:

Unknown disse...

Vc escreve mto bem, e coloca seus sentimentos qndo escrve. parabéns

bjus Ná