quinta-feira, 11 de junho de 2009

A montanha

Na grama verde estava lá uma pedrinha feliz,
Na grama verde estava também um anjo feliz,
A grama verde ficava em cima da montanha
A grama verde ficava também bem pertinho das nuvens.

No cume alto dessa montanha estava lá o anjo,
Na nuvem alta estava lá a pedrinha,
Mesmo sem importar qual donde estava podia se ver
Mesmo sorriso do anjo, mesmo sorriso da pedra.

O cume alto era o palco montado sobre a montanha.
O anjo tocava sua arpa para a pedrinha feliz,
A pedrinha feliz cantava para o anjo feliz,
A união dos dois deixava também a montanha feliz.

E porque uma pedra feliz ficara feliz?
E porque um anjo feliz ficara feliz?
Talvez seja algo mágico na montanha,
Talvez seja o poder da amizade e do amor.

Então como vou encontrar essa montanha?
Então como vou encontrar essa nuvem?
Talvez um dia eu aprenda a olhar dentro de mim mesmo,
Talvez entenda que eu já as encontrei e as levo comigo.

(Leonardo Ferrari)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Conto da Princesa

Caminhava numa noite bela,
Silenciosamente bela, inconfudivelmente brilhante,
Conseguia la no fundo ouvir o leve toque,
Uma leve queda d'agua banhando as roseiras,
Que noturnas brilhavam sorrindo para a lua.

Caminhava nesta mesma noite
Silenciosamente sentia uma leve brisa,
Que conseguia suavemente tocar meu rosto,
Uma suave melodia ecoando bem ali por perto,
Que cantarolava para as roseiras e para a Lua que via.

Caminhava então curioso a ouvir,
Silenciosamente eu sentia um peletrante vibrar de suavoz,
Que era de uma mulher bela e encantadora,
Uma mulher, com jeito de menina mas sonhos de princesa,
Que dançava para as roseiras e para a Lua envolvida com seu véu

Caminhava eu, um estranho sem falar,
Silenciosamente a ouvir sua voz e seu coração,
Que estava a me buscar,
Uma mulher, um amor,
Que para sempre herdará meu coração.

(Leonardo Caneca)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mil coisas para se aprender

Se eu soubesse fazer milhares de coisas,
Se soubesse ouvir as pessoas como se deve,
Soubesse entender como se deve,
Soubesse sorrir como se deve,

Talvez o mundo não seria tão complicado,
Talvez a musica que bate dentro do seu peito ecoaria pelo espaço,
Talvez a pequena fagulha que tudo origiou fosse seu amor,
Talvez seria um amor que eu não esperava, mas que veio até mim.

Se um dia aprendesse a fazer um milagre,
Se um dia alguém batesse a minha porta pedindo ajuda,
Soubesse que milagres não acontecem por sorte,
Soubesse que milagres vem para iluminar a luz de nosso mundo.

Quando quisesse sorrir para alguém, não precisaria extender a mão,
Quando quisesse estender a mão eu sentiria seu calor,
Quando meu coração tocado por ele guardaria esse calor no meu peito,
Quando meu coração sentisse o calor, tranquilo devolveria ao seu essa feliciade.

E se essa felicidade ainda sim não fosse milagre,
E se essa felicidade não batesse em minha porta,
E se eu estivesse pronto a sentí-la com você o que eu faria?
E se eu estivesse com os olhos pregados em você.

Talvez o milagre, alguém ou todos não estariam por perto.
Pois o milagre é você.

(Leonardo Caneca)

sábado, 9 de maio de 2009

Onde está a princesa deste mundo?

Aqui estou, dono do destino,
Unicamente e silenciosamente olhando,
Quero saber onde estamos,
Quero saber onde está a Princesa deste mundo,

Eu sonhei uma vez,
Com algo maior,
Um mundo sem lutas e guerras,
Mas onde está a Princesa deste mundo?

E magicamente ao fechar os olhos
Dizendo que viver é acreditar,
É sentir que estrelas cadentes não realizam desejos,
Mas fazem você acreditar em você.

Mas onde está a princesa deste mundo?

(Leonardo Caneca)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Último Romântico

O que penso agora,
É algo maior,
Maior que poder voar no espaço,
Maior do que alcançar qualquer estrela.

Alcancei?
E quando estou lá quero cantar ao mundo,
Cantar para você e cantar para mim mesmo,
Cantar para te encantar.

Numa noite linda,
Num dia quente,
Seja na chuva,
Seja na neve.

O que importa não é cantar,
Nem sequer ouvir,
Menos ainda alcançar a estrela,
Mas apenas encantar seu coração.

(Leonardo Caneca)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O Pássaro de grande Estirpe

Um pássaro de uma nobre espécie pousou em minha janela!
Apaixonado pela árvore verde e enorme que via resolveu ali construir sua casinha, seu ninho.
Escolheu um dos mais fortes galhos que ali existia e juntou várias palhas para formar seu ninho.
Tão belo seu capricho e força de vontade e mesmo derrubando ele pegava e colocava novamente.
Pois aquilo sabia o pássaro ser não só o seu ninho, mas o lugar onde acordaria cantando nas manhãs e quem sabe seus filhotes.
Sabia o pássaro que nada o impediria de construir sua bela casa, nem mesmo o vendo, nem mesmo a chuva e lá o fez.
Cansado ao final de tarde, cantarolava ele de uma forma bem tímida até o momento que anoitecia e o passaro dormia.
Nas manhãs, cativando com seu belo canto o felizardo que tem sua janela bem em frente a árvore.
Tiveram momentos de estranhamento, o pássaro fugindo ao abrir a janela.
Só que o pássaro percebeu que seu novo vizinho não era ruim,
Era apenas um grande fan seu, que nas manhãs que acordava apreciava seu canto.
E nos dias chuvosos sentia um pouco de falta, mas sabia que o sol iria voltar junto com o belo pássaro, que com sua bela música leva alegria para a janela dos seus ouvintes por todas as partes.

(Leonardo Caneca)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Amanhecer

Cada manhã posso te ver acodar!?
Pureza, simplicidade junto aos meus sonhos,
Coisas grandes aqui dentro,
Ja la fora uma chuva fina vista da janela.

Esperava ela virar arco íris
Sabendo que da mais singela forma
Estaria eu, dançando entre as nuvens
Buscando a paz e segurança em mais um belo amanhecer.

(Leo Caneca)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Um tipo de Magica?

Teve um tipo único de magia,
Especial e única que vivi um dia,
Especial que poderá ser mais ainda,
Vivida como sentindo o sol nascer e se por.

A cada palavra, cada momento
Eu me sentia como parte da magica
Dividindo cada momento especial
Liberando cada um ao momento que acontecia

Olhei para o lado,
Instantaneamente,
Recordei de outro por do sol
Numa bela tarde de domingo

Ouvindo um simplatico som
Me dirigindo para um labirinho
Tambem precisando buscar
A forma de retornar ao meu reino.

Agora de volta ao início
Recordar não era preciso
Bastava estar por perto
Cultivando um belo jardim que bem cuidado cresce

Observando esse jardim crescer
Homogeneamente crescido
Me fará ver um algo mais
Iindependente de como cresceu, lindo e onde quero estar.

(Leonardo Caneca)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crônica - Cinema Vivo

Caminhava eu na tranquilidade e no silêncio de um parque aqui na cidade vizinha, sentindo os raios do sol aquecendo minha pele e iluminando o céu azul.

É interessante ver como temos a capacidade de nos despreender dos problemas apenas vivendo momentos simples os quais nem sempre temos o costume de planejar.

Tal silêncio foi a inspiração que me fez sentar em um dos assentos do parque e observar a movimentação de pessoas que ali passavam.

Ali era o palco por onde passavam diversos personagens, crianças risonhas, Cães acompanhados de seus donos, jovens que ali criaram um ponto de encontro, enfim, me sentia estar num filme de terceira dimensão só que os personagens ali me faziam sentir parte da história.

Os avós que levam os netos ao parque e orgulhosos vêem as crianças brincando, aos casais apaixonados que aspiravam o ar da natureza enquanto trocavam elogios e o silêncio que era substituído pelo canto de aves que pousavam na vegetação local.

Um som me chamou atenção, era um agradável batuque, seguido de uma melodia alegre, não era o que costumava ouvir, mas seja lá o motivo do batuque ele me chamou atenção. Era o momento em que a hipnose musical atrai meu corpo para o local de onde a música saia.

Ao me aproximar ouvia além da música, palmas que acompanhavam o ritmo que se espalhava por todo ambiente, o que me deixava mais curiosa.

Um conjunto de muitas coisas que me deixava curioso, começando por um som de um batuque diferente, uma música ou sei lá o que, junto com a música uma voz cantando e várias pessoas em coro repetindo o refrão da música. Chegando mais perto encontrei uma roda cheia de pessoas, algumas observando, outras estavam mais ao centro participando, e na conversa das pessoas ouvia dizer que aquilo era um jogo muito bonito.

Realmente tive que concordar, em meio a tantas pessoas, rostos felizes jogando ou dançando, são as formas a que se referem quando falam dessa arte, a Capoeira.

A arte contagiante desse ritmo, dessa dança, dessa reunião, não foi capaz de atrair somente a mim, mas a todos que ali estavam, algo que vinha de dentro do coração de todos aqueles que ali se divertiam, sejam com as impressionantes piruetas, contorsões e agilidade, seja pela música ou até mesmo pelos sorrisos das pessoas.

Este foi um belo dia, um dia especial, quando não precisei olhar no horizonte, mas apenas abrir meus ouvidos e meu coração para ver o que existia lá.

Existia amor, alegria e união, o que nos faz sentir especial e como disse um personagem dessa cena que num importante papel teve a grande chance de contar tudo isso.

Leonardo Caneca

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A História de Uma Vaquinha

Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio muito pobre e resolveu fazer uma visita.

Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, mesmo com pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar: não havia calçamento, a casa era de madeira, os moradores um casal e três filhos estavam vestidos com roupas rasgadas e sujas.

O mestre se aproximou de um senhor, que aparentemente, era o pai daquela família, e lhe perguntou: 'Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?'

O senhor, calmamente, respondeu: 'Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, para o nosso consumo. Assim, nós vamos sobrevivendo...'

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por alguns momentos e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:

'Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali à frente e a empurre. Jogue-a lá embaixo.'

O jovem arregalou os olhos com espanto e, mesmo sem compreender, cumpriu a ordem. Empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante anos e, um dia, ele resolveu largar tudo, inclusive o mestre, e voltar àquele mesmo lugar para pedir perdão à família e ajudá-la no que fosse possível para compensar a perda da vaquinha.

Quando se aproximou do lugar, viu um sítio bonito, com árvores floridas, carro na garagem, crianças brincando no jardim.

Ficou triste, pensando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.

Apertando o passo, chegou lá e perguntou ao caseiro sobre aquelas pessoas que antes moravam ali.

Ele respondeu:

'Continuam morando aqui.'

Espantado, o jovem entrou na casa, e viu que era a mesma família. Ele perguntou ao dono da vaquinha:

'Como é que o senhor está tão bem de vida?'

E o senhor respondeu:

'Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu.
Sem a vaquinha tivemos que fazer outras coisas, que nunca havíamos feito.
Começamos a plantar, criar animais, pensar em novas formas de sobrevivência, e assim, percebemos que éramos capazes de fazer coisas que nunca antes tínhamos imaginado.
Assim, alcançamos o sucesso que você vê agora.

MORAL DA HISTÓRIA:

Todos nós temos uma 'vaquinha' que faz com que fiquemos escravos da rotina e de antigos hábitos. Descubra qual é a sua e aproveite para empurrá-la logo morro abaixo!

(texto recebido por email e que circula a internet)

Você tem experiência?

Processo de seleção da Volkswagen - Redação Vencedora
Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta:
'Você tem experiência?'

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma..

REDAÇÃO VENCEDORA:


Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo.. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?'. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência. Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:

' Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?'

Autor desconhecido

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Trakinas

Trakina
Bom dia, boa tarde, boa noite,
Em se tratando de hora, não importa quando,
Em se tratando de bola, não enquanto rola,
Vivendo, correndo e dormindo!

Assim só um céu dirige tudo,
E se chover não se esqueça de sua bola,
Uma bola te diverte e a agua te refresca,
Límpida e clara, sem a hora e sem o tempo.

Tudo junto bate a porta,
Ilhas soltas, folhas suas,
Isto escreve atras da porta,
Novidades toda hora!

Fomos pensar em algo,
Mas muito mais foi pensado,
Uma delas está na porta,
Ali bate sua bola!

Lembra tudo, onde passas,
Rugem dunas, voam pedras,
Ganham tudo que quiserem
Com água quando desce!

Isto não é nada ouro,
Hora não há dou o tempo,
Rolam pedras lá na porta,
Isso agora já não lembro,
Limpo a bola, hora bolas!
(Leonardo Caneca)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bola Zabola Bozando

Do batuque, batucá, o lado é do movimento que já vai,
Agora é hora da minha bola da escola que agora chegou para me buscar,
Descendo a ladeira mantiqueira batuqueira que no sol lá vai estar,
Que vem crescente envolvente lhe fazer a planejar o som ...
De todo dia que não penso só que penso em saber do que brincar,
Já foi peão já foi de tudo fui de barco fui até de avião,
Mas sei que um lugar eu estarei alegremente a pensar,
Pensar do que na Pipa empinando subirão os sonhos lindos.
Saber que muitas vezes eu não quero ir onde eles querem
Mas quando tudo termina sou eu que não quero mais voltar.
Como sol que brilha e que bate com a zabumba e com som de uma cuíca,
Faz seu riso pioneiro me fazer aproveitar
Que esse tempo e tudo isso muito simples tudo faz.

Leonardo Caneca

Hora de Começar

Em uma noite ensolalarada,
Não sabia entender porque tudo estava tão claro,
Ver as estrelas se movendo no lugar das nuvens,
Ouvir as pedras se movendo nas cataratas,

Esfregando meus olhos, percebi que nada mudara,
Belas flores cantarolavam na montanha,
Lá em cima, bem no alto podia se ver todo aquele campo verde,
Rosas também o enfeitavam, mas tiravam a pureza de sua cor.

Instantaneamente surgem os pequenos seres da floresta,
E numa bela sinfonia começam a tocar!
Nunca me esquecerei disso, podia ser um sonho,
Só que eu estava acordado e com os olhos abertos.

(Leonardo Caneca)